Objetivo

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A felicidade é mesmo feita de pequenos momentos

Ontem, ao chegar do trabalho, assim que abri a porta, deparei-me com minha mãe sentada no sofá da sala com meu bebê no colo, ele estava meio dormindo, meio acordado, mas o fato é que estavam me esperando.
Todos os dias sinto saudades do meu filho, mas, particularmente ontem, estava com mais saudade ainda, pois na noite anterior, quando cheguei do trabalho ele estava dormindo, então fiquei pouco tempo em sua companhia, pois ele só acordou para tomar banho e comer.
Nem mesmo fechei a porta, minha mãe já foi me contando que o Rhian aprendeu a dar tchau. Fiquei perplexa e, claro, muito curiosa, pois quando saí de manhã, naquele mesmo dia, meu filho nem imaginava o que seria um gesto de tchau.
Para minha sorte e alegria, quando peguei-o do colo da minha mãe, ele acordou, meio mal-humorado (acordar mal humorado me lembra o pai dele, pois este é um hábito diário dele), mas acordou. Ficamos insistindo para que ele fizesse o tal “tchau”, mas criança adora nos desmentir: sempre que dizemos que ela faz uma coisa, na frente dos outros ela simplesmente não faz, e, claro, ele não poderia dessa vez fazer diferente.
Quando, depois de muito insistir em vão, resolvi deixar o tchau pra lá e olhar para a televisão, não é que meu bebê decidiu me mostrar que ele aprendeu mesmo? É muito engraçadinho: ele faz o tchau com a mão fechada e, ao invés de balançar a mão para um lado e para o outro, balança para cima e para baixo, mas não importa, não deixa de ser um tchau. É uma das coisas mais lindas que eu já vi na minha vida...
E, neste momento, eu percebi qual é a graça de ser mãe. Ver o desenvolvimento de um ser um humano é mágico, é único, é lindo. Dar tchau é uma coisa tão comum, fazemos isso todos os dias, o tempo todo, mas ver um bebê aprendendo o gesto é maravilhoso, dá uma inexplicável sensação de alegria, de paz.
Mandei uma mensagem para o papai para contar o seu grande feito, e ele ficou tão feliz e admirado quanto eu. Mais tarde, ele me mandou outra mensagem dizendo que ainda não experimentou em sua vida amor maior que esse que ele sente pelo filho, e eu perdi a chance de dizer a ele que não sentiu e nem vai sentir nunca, porque não existe amor maior. A Lei da Criação é tão perfeita que Deus não permite que nenhum amor seja maior do que o de um pai por seu filho.
Confesso que na noite de ontem, eu senti uma felicidade gostosa no meu coração, e compreendi o ditado de que “a felicidade é feita de pequenos momentos”.
A cada dia que passa, meu filho me traz esperança e vontade de viver. Cada gesto dele, cada olhar, cada atitude, cada sorriso me dão força para acordar por mais um dia, e mais um, e mais outro, e querer viver para saber como ele vai ser, o que ele vai fazer, o que ele vai aprender de mim.
Apesar do susto, desde o primeiro instante em que eu constatei que ele estava crescendo na minha barriga, eu soube que ele me traria muita felicidade, mas entre saber e sentir, hoje vejo que há uma grande distância. Nunca imaginei que a alegria e o orgulho de ser mãe fossem tão grandes e tão gratificantes como sei que são agora que o tenho em meus braços. Não me arrependo em nenhum segundo por não ter desistido dele, por ter lutado até o fim por sua vida, pois o nascimento dele deu sentido à minha vida apagada pela dor das desilusões.
E vendo aquele tchau lindo e desconsertado, fiquei imaginando que ele nem sabe como aquele gesto às vezes dói no coração dos adultos. Doeu muito no meu coração quando o pai dele fez aquele gesto para mim. Meu filho nem imagina o que realmente significa uma despedida, apenas a faz, inocente.
Esta é a mágica de ser criança...
:)

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