Objetivo

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Perdoar?

Estou lendo um livro maravilhoso que ganhei de presente de aniversário da minha irmã, o qual fala que para podermos seguir nossa vida em paz, precisamos perdoar todas as pessoas que nos magoaram e nos fizeram mal, porque somente o perdão liberta, que perdoar é desistir, é abrir mão, é ser indiferente àquela situação, é não lembrar mais e, muito menos, sofrer mais por ela.
Mas como posso esquecer uma coisa que está diante dos meus olhos todos os dias? Como esquecer algo que não sai do meu pensamento um segundo sequer, há longos 4 anos e meio? Como esquecer o abandono, a rejeição, o medo, o fim do sonho de ter uma família, uma barriga crescendo junto com a incerteza e o pavor da solidão?
Como esquecer um amor que era a única coisa que eu almejava dessa vida? Como esquecer os sorrisos, os abraços, a alegria do reencontro, a química, a alegria trazida por esse amor que nem mesmo as coisas ruins que foram feitas depois conseguiram apagar? Como esquecer as palavras duras? Como esquecer o desprezo? Como esquecer a solidão? Como esquecer o medo de ter um filho sem pai? Como esquecer cada lágrima derramada, cada dor, cada mentira, o silêncio imenso que ficou entre nós dois depois daquela partida brusca, sem satisfações, sem adeus?
Como esquecer o que não se consegue esquecer?
Como não olhar para o meu filho e não se lembrar de tudo, desde os bons momentos até o triste e amargo e fim? Como abandonar o sonho que era o sonho de uma vida?

“Amar é muito fácil, difícil mesmo é esquecer”

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